05/10/2025

Ainda espero



O ouro descobriu-se alérgico à minha pele.
O reconhecimento não me lê em um simples exame de vista.
O sono antipatiza-me, cancela-me as visitas.

Tornei-me foto antiga em antiga caixa de sapatos.
Tornei-me falha de memória, esquecimento da idade.
Morri.

O curioso é que ainda respiro...
Ainda assisto a homens e a fantasmas.
Ainda espero, o nada.

Nenhum comentário: