Análise:
1. Jogo de palavras e humor – Lec usa a ambiguidade da palavra "longa". Em sua construção original, a frase sugere que até os momentos difíceis ou prolongados da vida eventualmente passam. Ao trocar "noite" por "víbora", ele insere um elemento inesperado e cria um trocadilho visual: imaginamos uma cobra muito comprida "passando", o que pode ser cômico e absurdo.
2. Ironia e absurdo – A frase mantém o sentido existencialista e melancólico do original (tudo passa), mas o transforma em uma imagem inusitada. Lec era conhecido por seu humor mordaz e suas reflexões aforísticas, muitas vezes brincando com a linguagem de forma subversiva.
3. Possível conotação metafórica – A "víbora" pode ser vista como uma metáfora para algo perigoso ou venenoso (como pessoas traiçoeiras ou tempos difíceis), e a frase pode sugerir que até isso um dia se vai.
Conclusão:
Lec usa o humor e a desconstrução de um clichê para provocar reflexão e, ao mesmo tempo, um sorriso. É uma frase típica de seu estilo, que mistura sabedoria, absurdo e ironia.
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