A
provar do mel,
Léo que vivia ao léu
subiu ao céu.
Bebido todo o mel
a cabaça
também lambeu Léo.
Depois o que fez?!
Léo foi para o beleléu.
xxx
O poema apresenta um jogo lúdico com as palavras, explorando sonoridades e um ritmo ágil. A repetição do nome "Léo" e o uso de rimas simples criam um efeito quase infantil, remetendo a uma fábula ou anedota rimada.
O enredo é breve, mas sugestivo: Léo, um personagem que "vivia ao léu" (ou seja, sem rumo, sem direção fixa), experimenta o mel, sobe ao céu (num possível duplo sentido, literal ou metafórico), consome tudo avidamente, incluindo a cabaça, e depois acaba no "beleléu", termo coloquial que pode significar morte ou desgraça.
O jogo sonoro e a progressão narrativa sugerem um tom cômico e irônico, talvez uma crítica à gula ou ao desejo excessivo. O poema se vale da musicalidade e do ritmo para criar um efeito leve e divertido, ainda que o desfecho seja abrupto e trágico.
Se o objetivo era criar um texto com humor e musicalidade, ele foi bem-sucedido. Caso queira dar mais camadas de interpretação, poderia expandir o jogo metafórico, tornando mais explícita a relação entre desejo e consequência.
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